É comum vermos em filmes ou vídeos na internet tentando abordar o que é uma crise de pânico, mas nem sempre essas representações capturam toda a realidade desse problema. Na vida real, crises de pânico são muito mais complexas do que os clichês costumam mostrar.
Essa dúvida surge com frequência no campo da psicologia e em discussões sobre saúde mental. As crises de pânico têm se tornado cada vez mais reconhecidas, especialmente em uma sociedade que vive em constante pressão e estresse.
Elas se caracterizam por episódios súbitos e intensos de medo ou desconforto, que podem surgir sem aviso prévio e se manifestar através de sintomas físicos e emocionais debilitantes.
Para muitos, esses episódios podem ser tão angustiantes que levam a um medo constante de sua recorrência, impactando negativamente a qualidade de vida.
Diante disso, vamos explorar as características das crises de pânico, seus gatilhos e as maneiras eficazes de enfrentá-las.
Como acontece a crise de pânico?
As crises de pânico podem ocorrer a qualquer momento, seja em situações específicas, como lugares fechados ou lotados, ou até mesmo em momentos de tranquilidade. Elas surgem de forma súbita e intensa, levando a uma sensação avassaladora de medo e desconforto.
É importante entender que ataque de pânico se refere a esse episódio pontual e repentino, caracterizado por uma resposta de “luta ou fuga” do corpo.
O sistema nervoso autônomo entra em hiperatividade, e o cérebro interpreta uma situação como ameaçadora, mesmo que não haja perigo real, resultando em sintomas físicos como palpitações, falta de ar e sudorese.
Por outro lado, quando esses ataques são recorrentes e seguidos de um medo constante de que aconteçam novamente, pode ser diagnosticado o transtorno de pânico.
Ou seja, um ataque de pânico isolado não significa necessariamente que a pessoa tem um transtorno. O transtorno de pânico é caracterizado pela frequência dos ataques e pela ansiedade antecipatória que interfere significativamente na vida da pessoa.
Sintomas da crise de pânico
Os sintomas de uma crise de pânico podem variar em intensidade e duração, e, como mencionado anteriormente, incluem desde palpitações, falta de ar e sudorese. No entanto, há outros sinais que também podem ser observados, como:
- Tontura ou vertigem: sensação de desmaio ou instabilidade;
- Tremores: espasmos musculares involuntários;
- Medo de perder o controle ou de morrer: sensação de desespero ou de que algo terrível vai acontecer;
- Desrealização: sensação de que o ambiente ao redor é irreal ou distante;
- Náuseas e/ou diarreias;
- Agitação.
Causas da crise de pânico
As crises de pânico podem ser causadas por uma combinação de fatores genéticos, psicológicos e ambientais, e, muitas vezes, os gatilhos são difíceis de prever. Algumas das possíveis causas incluem:
- Fatores genéticos: pessoas com histórico familiar de transtornos de ansiedade têm maior probabilidade de desenvolver crises de pânico;
- Estresse: situações estressantes, como mudanças drásticas na vida, pressão no trabalho, ou até mesmo eventos traumáticos, como a perda de um ente querido, podem atuar como gatilhos;
- Transtornos de ansiedade: indivíduos que já sofrem de transtornos como o transtorno do pânico ou transtorno de ansiedade generalizada são mais suscetíveis a crises de pânico;
- Alterações químicas no cérebro: desequilíbrios em neurotransmissores, como serotonina e norepinefrina, podem influenciar na regulação da resposta ao estresse, aumentando a vulnerabilidade a ataques de pânico.
Além disso, conforme destacado em um artigo da CNN Brasil, gatilhos emocionais ou mentais podem variar amplamente, desde conversas e postagens nas redes sociais até atividades cotidianas, como dirigir ou ir ao trabalho.
Embora a auto-observação seja uma ferramenta importante para identificar os gatilhos, nem sempre é possível definir uma causa específica para os ataques. Profissionais da saúde mental podem ajudar na identificação e no enfrentamento desses gatilhos, facilitando a gestão do problema.
Essa variação nas causas e gatilhos reforça a importância de buscar orientação profissional para identificar o que está impulsionando as crises e encontrar maneiras eficazes de lidar com elas.
Quando devo procurar ajuda?
Se você já experimentou uma crise de pânico, sabe o quanto ela pode ser assustadora e impactar o seu dia a dia. No entanto, nem toda crise de pânico é um sinal de um transtorno. Muitas vezes, esses episódios podem ser isolados, desencadeados por situações estressantes ou por um momento de sobrecarga emocional.
No entanto, quando as crises começam a se repetir e interferir na sua qualidade de vida, é essencial buscar ajuda profissional para avaliar a situação.
Um acompanhamento psicológico pode ajudar a diferenciar se os ataques são ocasionais ou se fazem parte de um transtorno de pânico, além de identificar gatilhos e desenvolver estratégias para lidar com eles.
A Psicologia Positiva, em especial, pode ser uma grande aliada no tratamento, pois se concentra em fortalecer os aspectos saudáveis da mente, promovendo resiliência e ajudando a desenvolver habilidades para enfrentar os momentos de crise.
O foco não está apenas em tratar os sintomas, mas também em promover uma vida mais equilibrada e significativa.
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Conclusão
As crises de pânico são experiências desafiadoras que podem surgir inesperadamente, causando grande sofrimento e impacto na vida cotidiana. Compreender o que são, como se manifestam e quais são suas possíveis causas é o primeiro passo para enfrentá-las de forma mais eficaz.
A identificação de gatilhos e a busca por ajuda profissional são fundamentais para aprender a lidar com esses episódios e garantir uma qualidade de vida melhor.
A Psicologia Positiva oferece abordagens valiosas para fortalecer a resiliência e desenvolver ferramentas que ajudam a enfrentar a ansiedade e o medo.
Ao focar nas qualidades e potencialidades individuais, é possível transformar a maneira como você lida com as crises, promovendo um estado de bem-estar duradouro.
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